Já não é de hoje que o turfe clama por alguma intervenção governamental para a subsistência de suas atividades. Nós, turfistas, sabemos a quantidade de empregos que a atividade turfe produz em todo o Brasil. Países muito menores que o nosso (vide o Uruguai), conseguem sobreviver e manter a cadeia produtiva, uma vez que seus governantes permitem a exploração dos chamados jogos de azar, algo que além de gerar mais empregos, rende lucro tanto aos clubes hípicos quanto ao próprio governo.
No Brasil, entra governo e sai governo, o projeto de legalização dos ditos jogos de azar acaba sempre por sucumbir, deixando a impressão de total descaso pela atividade turfe e todo seu entorno, uma vez que tal medida poderia, quem sabe, trazer de volta os áureos tempos do esporte dos reis, sem falar na criação de milhares de empregos e de receita para os cofres públicos. A grande verdade é que existem bancadas parlamentares para quase todos seguimentos, mas quando se fala em turfe eles não conseguem se agrupar, parecem satisfeitos, cada qual defendendo suas "crenças".
No ano de 2018, o Brasil iniciou o processo de regulamentação das apostas esportivas online, as chamadas apostas de cotas fixas, com o Projeto de Lei 13.756/2018. Desde então, esse tipo de jogo deixou de ser ilegal no país, mas ainda carece de uma regulamentação. Ainda assim, a maioria desses sites hoje patrocinam vários clubes e emissoras de esportes, mas o turfe, por enquanto, segue esquecido.
Existem também as apostas nos grupos de Whatsapp, algo que acaba causando grande defasagem no movimento Geral de Apostas dos Jockeys Clubes. Principalmente nesse um ano de pandemia, esse tipo de aposta virou uma febre, e hoje inúmeras pessoas fazem disso um negócio. Até onde se sabe, o JCRGS é o único que buscou uma forma de legalizar esses grupos. O difícil é entender os que se negam a repartir a comissão, sendo que quem paga e realiza o espetáculo é o clube. Assim fica difícil, vão acabar matando a galinha dos ovos de ouro!!!!!