O turfe do Rio Grande do Sul já foi muito forte no interior do Estado, sempre foi de praxe os festivais de Protetora e Bento terem seus programas recheados com animais oriundos dos hipódromos interioranos. Infelizemente nos dias de hoje, apenas o Jockey Clube de Pelotas consegue promover corridas, e ainda assim com enormes dificuldades.

A crise no turfe é de carater nacional, mas ainda assim mais de uma dezena de cavalos do hipódromo da Tablada estarão em ação na programação do próximo domingo, e muitos deles com chances elevadas de vitória, sendo que os mais badalados são:  CHARBELL (1º páreo), COURMAYER (2º páreo), EL CHAVO (3º páreo), e DON ANGELO no Clássico Presidente Oscar Canteiro. 

Após cumprir suspensão, o campeão da última temporada Neimar Canut voltou a dar as cartas na reunião da última quinta-feira, vencendo três dos oito páreos disputados. Diante disso, seu Neimar já ocupa a segunda posição na tabela dos treinadores, e não fosse o período que ficou afastado já estaria liderando a estatística. Seus três pupilos contaram com a monta de Claudinei Farias, que ao que tudo indica deverá conquistar seu oitavo título no hipódromo do Cristal.

É notória a ascensão profissional do aprendiz Gustavo Staiti, o garoto tem vencido com frequência, tendo como principal característica a calma durante o percurso. Domingo ele estará participando do primeiro festival de sua carreira, e a expectativa é de bons resultados.

1º Granada Corunilha: na estreia errou o pulo de partida e ainda cumpriu boa atuação, mesmo nos machos merece respeito.

2º Courmayer: pela ficha da Tablada é carne de pescoço, melhor montaria.

3º El Chavo: ganhou atirando pedrinha, meio gol.

4º Urso de Birigui: a última tem que ser esquecida, respeitem !!!

9º Ganacha Corunilha: começa em páreo camarada, azar sedutor.

10º Jackal: anda sempre por perto, olho nele.

Em 7 de setembro de 1922, quando o Brasil comemorava 100 anos de independência, foi organizado pela então Sociedade Protetora do Turfe, em Porto Alegre, O Grande Premio Centenário, como parte das comemorações. Corrido na distância de 2400 metros no extinto Hipódromo dos Moinhos de Vento, com dotação maior de 10 contos de réis. Nos anos seguintes a prova foi realizada com o nome de Grande Prêmio Protetora do Turfe, em 2100m ou 2200m . Desde 1933 a distancia percorrida é 2200m ,que se mantém até hoje.

• O vencedor do Grande Prêmio Centenário, considerado o primeiro Protetora foi o argentino Precursor (filho do argentino Sans Atout), de 7 anos, que também disputou e venceu o Grande Prêmio Bento Gonçalves, com o joquei Santo Rodrigues.
• Em 1959, Estensoro (filho do importado frances Estoc) , com Clovis Dutra, venceu o último Protetora no Hipodromo dos Moinhos de Vento; no ano anterior vencera o Bento.
• Lord Chanel (filho do importado frances Lord Antibes, que vencera os Bentos de 1952 e 1953) vitoriou-se no primeiro Protetora no Hipodromo do Cristal, em 1960, com o joquei Mário Joaquim Rossano; no ano seguinte repetiria o feito.
• O gaucho Garve (filho do nacional Garboso), montado por Suedi Rodrigues, em 1978, 1979 e 1980, foi o primeiro e único até o momento a vencer esta prova por tres vezes consecutivas; venceu ainda uma vez o G. P. Bento Gonçalves.

Na reunião de diretoria da Sociedade Protetora do Turfe realizada em dezembro de 1944, em que foi decidida a troca de nome da entidade para Jockey Club do Rio Grande do Sul, ficou acertada a permanência da tradicional denominação do Grande Prêmio.